segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Danny MacAskill "Way Back Home"

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Equipamento feito com garrafas PET e caixas de leite reduz em 30% o gasto com energia elétrica.

"Ver tanto desperdicio é um absurdo". Essa foi a primeira frase que José Alcino Alano disse em entrevista ao Vida Orgânica, ao justificar a sua criação, um aquecedor de água feito de materiais recicláveis. O eletromecânico aposentado contou que estava prestes a comprar o aparelho convencional para sua casa, em Tubarão, Santa Catarina. Mas resolveu se dedicar à criação de um equipamento caseiro e ecológico. Criou um aquecedor solar com garrafas PET, embalagens longa vida e canos de PVC.

O desperdício a que José Alano se refere vale tanto para os resíduos recicláveis - que, na maior parte, acabam nos lixões - quanto para o "desperdício" da energia solar, por não ser aproveitada. "O trabalho é para chamar atenção sobre o lixo e a energia solar tão pouco utilizada", diz Alano. A ideia ganhou força e foi adotada pelos governos de Santa Catarina e Paraná, através de projetos que proporcionam a famílias de baixa renda a redução dos custos com eletricidade. "Em média, o aquecedor cobre de 20% a 30% da energia utilizada na residência. Quanto menos eletrodomésticos, mais a energia solar pode dar conta do consumo total", explica José Alano. "Além do retorno financeiro, contribui para reduzir a demanda dos sistemas de geração e distribuição de energia elétrica nos horários de pico".

O benefício ambiental acontece de diferentes maneiras. Para uma moradia com até quatro pessoas, o aquecedor leva 240 garrafas plásticas e 220 caixas de leite. Além disso, utiliza uma fonte de energia renovável, a luz do sol. "É o aproveitamento dessa energia que é gratuita e democrática, que é o sol que nasce para todos", destaca José Alano.

Os canos de PVC são instalados dentro das garrafas PET, que têm a base cortada e levam recortes das embalagens longa vida. Ao passar pelos canos, a água chega aos 38°C no inverno. No verão, pode passar dos 50°C. O equipamento não exige muita manutenção. O ideal é que as garrafas sejam trocadas a cada cinco anos e que as peças sejam bem lavadas antes da montagem.

A criação foi patenteada e não pode ser comercializada. Com a família, José Alano escreveu um manual e disponibiliza na internet todas as informações sobre o funcionamento e a montagem do aquecedor. O inventor garante que o equipamento pode ser construído por qualquer pessoa, basta seguir as instruções e ter paciência (clique aqui para acessar o manual). "Procuramos utilizar ferramentas simples, que as pessoas têm em casa".

A criação é de 2002 e continua ganhando adeptos. O estado do Rio de Janeiro deve lançar, em breve, projeto com o aquecedor ecológico. Em São Paulo, uma academia de esportes instalou o equipamento para aquecer a piscina térmica. Em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, o Centro de Atendimento da Criança e do Adolescente AABB Comunidade também construiu o aparelho.

Que tal?

Procure a secretaria de meio ambiente do seu município e verifique se há algum projeto envolvendo aquecedores solares. Se não houver, sugira!

Links
- Download do manual para construção do aquecedor solar: www.celesc.com.br (link "Manual Aquecedor Solar") ou http://josealcinoalano.vilabol.uol.com.br/manual/manual.pdf
- Vídeo sobre os três aparelhos criados pela família Alano para corte e dobra de embalagens longa vida e corte de garrafas PET:www.youtube.com/watch?v=c-Y5AwFuTGU

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